Prazeres Noturnos | Erin - Ep.1: A Sede

Eu me levantei na banheira.
A água gelada escorreu pelo meu corpo nu, deslizando por cada curva dos meus músculos; desceu pelos meus cabelos, correndo pelas minhas costas, entre as minhas nádegas até a minha coxa.
Eu peguei a toalha estendida ao meu lado e pisei fora d'água, fiz uma poça no chão com esse movimento. Me enxuguei, deslizei a toalha com vigor por todo meu corpo; a esfreguei no meu cabelo, o deixando bagunçado. Nada que eu não pudesse resolver numa rápida passada ao espelho.
Sai do banheiro com a toalha na mão. Fitei aquele homem nu deitado na minha cama, à meia luz do abajur da mesa de canto. Ele estava deitado de bruço, cabelo emaranhado esparramados no travesseiro, suas costas largas terminavam em braços desleixadamente jogados ao colchão, nádegas voltadas para cima, seu pênis repousava tranquilamente entre suas coxas, logo abaixo do seu saco que quase o escondia mas ainda podia ver sua glande. Respirava pesado em seu sono.
Ele está pálido... Quase tanto quanto eu. Quase não consigo mais sentir seu calor.
Olhei pela grande porta de vidro que dava direção à varanda. A noite se colocava silenciosa e escura. Fria. Devia ser uns 12 ou 11 graus lá fora. Mas eu precisava sair. Minha sede quase me matava. Eu podia sentir bater seca em minha garganta, correr por cada centímetro da minha pele.
Fui até a minha mala e peguei a primeira camisa que me veio às mãos. A abotoei, e coloquei as calças que estavam repousadas numa cadeira do quarto, calcei meus sapatos de couro; olhei para o que sobrou das roupas do rapaz na minha cama. Há dois dias até que eram peças bonitinhas, agora eram apenas trapos jogados a dois dias no chão. Peguei os restos da calça dele, apalpei os bolsos e achei uma chave de carro. Eu ia levar o Audi dele pra dar uma volta, acho que ele não vai se incomodar.
Sai do quarto e tranquei a porta, me dirigi rapidamente até o elevador. Era totalmente irritante ter de esperar até chegar ao meu andar. Finalmente chegou, as portas se abriram para o elevador vazio; entrei e apertei o botão da garagem. As portas se fecharam e dois andares depois se abriram de novo. Um casal entrou, risonho e abraçados. A mulher era uma loira baixinha, mas meus olhos se voltaram logo para o homem: tinha um maxilar bem definido, com um cabelo negro estilo surfista, seus olhos eram castanho escuro. Os dois voltaram os olhos para mim assim que entraram no elevador. Ficaram me olhando por alguns segundos sem se mexer, ou piscar, olhando fixamente para mim, em silêncio; estavam visivelmente atraídos por mim, não posso culpá-los. A porta se fechou atrás deles, o que os trouxe de volta a realidade. Eles piscaram algumas vezes, e o rapaz finalmente soltou um "boa noite", sorri levemente de lado em resposta.
Eles se posicionaram na minha frente, o homem de costas para mim e a mulher abraçada a sua cintura de frente. Enquanto ele apertava o botão do elevador ela me olhava, e eu olhava de volta, dentro de seus olhos, mas sem expressar nenhuma emoção; não havia emoção para expressar. Ela acariciava as costas do parceiro incessavelmente por dentro do casaco, e ainda me olhava; ele por sua vez suspirava e fazia leves movimentos com o corpo, claramente inquieto. Comecei a reparar na bunda dele. Parecia tão inibida dentro daquela calça, sentia que escondia todo o seu potencial.
Estiquei minha mão e a apalpei. Fechei meus dedos com vontade em sua nádega; era firme, mas ao mesmo tempo deliciosa ao toque. Ele deu um leve pulo com a minha investida, mas parecia logo ter voltado ao seu normal. A garota continuava a me olhar, e eu a olhava de volta. Acariciei e apertei a nádega do rapaz por alguns segundos enquanto o elevador descia pelos andares, ele deixou que eu o fizesse – mas como poderia resistir?. Num dado momento a garota fez um sutil afastamento do homem, desviou os olhos de mim para olhar rapidamente para baixo, e eu já tinha entendido tudo: o rapaz estava ereto. Ela olhou rapidamente para o rosto dele e voltou os olhos para mim, com um sorriso encabulado, sorri de lado novamente para ela; e o homem virou um pouco a cabeça e me olhou pelo canto do olho rapidamente antes de voltar para frente. A porta se abriu, era meu andar na garagem. Afastei a minha mão e me direcionei a porta. Quando estava saindo olhei para trás, certamente era um homem bonito. Eu poderia tê-lo agora, mas teria que lidar com a garota, e eu não estava com nenhuma paciência para isso. Eles me olhavam de volta, do mesmo jeito que quando entraram no elevador, fissurados e sem expressão. Pude ver os dois se abraçando firme, mas sem tirar os olhos de mim; e eu me virei friamente antes das portas se fecharem.
O cara lá em cima havia chegado com um Audi. Com certeza me lembraria dele quando o visse; e acabei o encontrando em meio a garagem escura. Entrei no carro e me direcionei para fora do hotel. A cidade estava mal iluminada e taciturna, mas eu sabia que a vida noturna se alongava nas redondezas. Dirigi rapidamente pelas ruas quase vazias, avancei sinais vermelhos e virei bruscamente em curvas; nada que eu pudesse ou devesse me preocupar. Minha sede era mais importante. Agora eu a sentia crescendo mais. Passei a lingua pelo meu lábio superior.
Descendo a uma ladeira eu pude avistar um bar, pessoas bebendo e conversando na porta e uma música abafada que aumentava cada vez que a porta se abria. Encostei o carro perto da calçada a poucos metro do bar, desci e me encostei um uma das paredes do bar, ao lado de duas meninas que riam constantemente enquanto seguravam suas garrafas de cerveja; não quis saber do que se tratava a conversa. E esperei, impacientemente. Alguns minutos depois uma rapaz saiu cambaleando pela porta. As pessoa riram do seu jeito descoordenado. Eu não consegui ver seu corpo, pois ele usava uma armadura pesada de casaco, luvas e outros acessórios de frio. Ele quase passou direto por mim, mas se virou e me olhou; retribui seu olhar. Ele parou seu caminho e se aproximou de mim com um sorriso idiota.
- Oi. - Ele disse sorrindo, sua fala era pesada. Estava claramente bêbado.
- Olá. - Respondi sério. Olhando fundo em seus olhos.
- Eu me chamo Kyle. - Sua fala vazia vapor sair da sua boca, em contraste com o ar gelado. Ele estendeu a mão para mim, o sorriso bobo ainda estava lá. Olhei a mão dele rapidamente. Suspirei e a apertei com má vontade. Pra que essas idiotices sociais que todos insistem?
- Erin. - Falei. Ele abriu mais o sorriso.
- Você é daqui, Erin? - Ele gesticulava muito.
- Não. E você? - Eu ainda olhava fixamente seus olhos, mas eles insistentemente não paravam quietos.
- Também não! - Ele riu, por algum motivo isso era engraçado. - Eu sou de Ohara. Vim aqui fazer faculdade. Eu to alugando um apê com meu primo. Ele estuda na faculdade também. - Ele riu de novo. Sorri de lado. Ainda tentava encontrar seus olhos. - Eu tô indo pra csa. Eu já to legal de bebida, sabe? Mas eu não acho minhas chaves... Acho que perdi lá dentro... - Ele apalpava várias partes do corpo, algumas nem faziam sentido de haver uma chave.
Eu o segurei gentilmente seu queixo com meus dedos e o forcei a me olhar nos olhos. Finalmente nosso olhar se cruzou totalmente. Ele parecia concentrado, bem como eu queria.
- Tá tão frio aqui fora... Meu carro é quente e confortável. Por que não procuramos a sua chave lá? - Eu sugeri, sério.
- Tá... - Ele apenas concordou, me olhando fixamente.
Eu o peguei pelo braço e o levei até meu carro. Destravei as portas e o pus para dentro, entrei logo depois dele e tranquei as portas. Me estiquei até o banco da frente, liguei o carro e em seguida o aquecedor.
- Você acha que a mina chave está aqui...? - Ele perguntou, meio desligado. Voltei para o banco de trás, ao lado dele.
- Tenho certeza. - Eu disse e peguei suas mãos. Puxei suas luvas para fora delas e as joguei na parte da frente do carro. Logo depois foi a vez do cachecol, que também foi retirado rapidamente e jogado na frente. Ele parecia estar em outro mundo enquanto eu fazia isso; me olhava mas estava totalmente desligado. Segurei o zíper do seu casaco e o deslizei para baixo. Abri revelando um suéter marrom e ainda havia uma camisa por baixo. - Me deixe te ajudar com isso. - Ele virou um pouco de lado, ficando de costas para mim o máximo que ele conseguia. Deslizei seu casaco pelos seus ombros e braços até tirá-lo totalmente. Ele tomou a atitude de tirar seu gorro, revelando uma cabeça raspada em que o cabelo negro começava a crescer novamente.
Encostei meus lábios na sua nuca. Um choque percorreu seu corpo.
- Que frio... - Ele falou baixo. Eu roçava meus lábios e a ponta da minha língua em sua nuca. Sua pele era tão quente e tão gostosa. Calmamente me dirigi até o lóbulo de sua orelha; o mordi e chupei devagar. Ele parecia gostar, soltou um gemido leve e baixo.
Pus minhas mãos por dentro da sua camisa, senti sua cintura, tão quente. Puxei camisa e suéter de uma só vez, dessa vez com a ajuda dele; revelando suas costas para mim. Nós dois tínhamos um tipo parecido de corpo: ele era magro mas com os músculos bem definidos. Pus minhas mãos em seus peitos e mordi seu ombro. Sua pele branca era tão deliciosa e quente. Me controlei para não mordê-lo com muita força. Ele reagiu, dessa vez o gemido foi mais forte. Deslizei minha mão gentilmente pelo seu tórax, o corpo dele enrijeceu mais e mais conforme eu descia o afagando. Cheguei ao volume em sua calça, seu membro já estava enrijecido e latente; do jeito que eu gosto. Eu desenhava com a ponta da minha língua ao redor da sua orelha, ele tinha a cabeça jogada para trás, a boca entreaberta soltava seus gemidos baixos e quase imperceptíveis. Com velocidade e habilidade eu liberei seu cinto e abri sua calça. Massageei seu membro sobre a cueca um pouco, ele pulsava nos meus dedos, tão quente e suculento. A cueca estava úmida na área da glande, eu senti meus dedos pegajosos quando a toquei. Levei meus dedos até o meu nariz: que cheiro delicioso; e finalmente o levei a minha boca. Era como receber um vapor de água gelada na boca depois de um dia no deserto escaldante. A sede apertou minha garganta como um sufocador.
Segurei a calça dele com vigor e a rasguei no meio, elas se tornaram dois pedaços apenas segurados pelas suas coxas, que eu tratei de puxar com força também para liberá-los de suas pernas; o rapaz não pareceu mostrar relutância. A cueca foi como puxar uma linha solta de uma camisa, rompeu com facilidade em meus dedos. Seu falo saltou para fora, livre, rígido e imponente. Ele era mais fino na ponta e engrossava até chegar na base; a cabeça brilhava com a sua lubrificação.
Eu precisava colocá-lo na boca.
- Vira! - Ordenei, e ele obedeceu instantaneamente. Ele recostou no banco deixando aquele falo ainda mais acessível pra mim. Me aproximei e fechei meus lábios na cabeça, senti aquele néctar quente e delicioso de novo. Eu o abocanhei de uma vez só.
Podia sentí-lo chegar fundo até a minha garganta, me esquentando todo por dentro; os poucos pelos que ele tinha roçavam na minha bochecha. O tirei da boca passando minha língua por toda sua extensão. Eu salivava de vontade. Minha saliva escorria até o saco do rapaz. Passei minha boca pela lateral do membro, de cima até a base, da base até em cima. O abocanhei de novo, me movimentava com vontade, eu me deliciava em sentir aquele membro quente e pulsante dentro de mim.
Passei a ponta minha língua na cabeça, e dei leve chupadas. O rapaz adorava, e eu não esperava menos; tremores percorriam o corpo dele; ele ofegava e soltava alguns rápidos gemidos. Segurei o membro e o masturbava enquanto fui me concentrar em seu saco. Esfreguei meu nariz e meus lábios nele um pouco. Era tão cheiroso, robusto e quente; o pêlos dele roçavam em mim. Hoje seria uma noite farta.
Passei minha lingua no saco e subi até a glande. O abocanhei de novo. Eu não ia aguentar ficar só no oral; tenho certeza que poderia fazê-lo chegar assim, mas eu queria mais.
Segurei a parte traseira da minha calça e puxei, abrindo um buraco no jeans, revelando minha bunda e meu ânus. Me afastei dele, e abrir minha camisa nem merecia meu tempo, os botões não tiveram chance. Passei minha perna ao outro lado e me sentei nele, sentia seu membro roçando no meu cóccix; e o desejava, dentro de mim, me esquentando por dentro. O rapaz me olhava, o rosto perto ao meu peito desnudo, segurei sua cabeça e o fiz tocar os lábios em mim; ele instintivamente começou a me lamber e chupar. Aquela língua cálida no meu peito.
Segurei seu membro e o posicionei. Não havia muito espaço naquele carro, mas eu conseguiria o que eu queria. Fui o acomodando devagar dentro de mim. Eu o sentia; me penetrando, me abrindo, me esquentando por dentro. Eu amo essa sensação. Era tão grosso no fim; eu me sentia aberto e preenchido ao mesmo tempo. Quando ele já estava todo dentro de mim, o calor tomava conta das minhas pernas; eu comecei a me movimentar. Dado o pouco espaço, eu tive que me conter em rebolar; minha vontade era de cavalga-lo com firmeza. Mas eu mexia me cintura, o forçava a se movimentar dentro de mim.
Colei minha testa a do rapaz. Os lábios dele, tão ofegantes e tão próximos. Eu o beijei. Foi como beijar brasa ardente. Ele estava tão quente agora. O falo dentro de mim irradiava um calor que subia pela minha cintura até meu tórax. Eu rebolava e sentava o quanto podia, com afinco; queria dar-lhe prazer, fazê-lo chegar.
Então eu pode sentir. Espasmos e tremores percorrendo pelo corpo do rapaz. Ele ia gozar.
Numa rapidez eu sai da posição e posicionei minha boca em sua glande enquanto continuei massageando seu falo.
E ela veio.
Eu senti.
Grossa, quente e deliciosa. Entrando pela minha boca e percorrendo todo o meu corpo. A dor na minha garganta cessou. Eu me senti totalmente aquecido. Da minha cabeça aos dedos do pés.
Eu fiquei de joelhos em cima do banco. O rapaz me olhava. Suas bochechas eram de um rubro intenso, ele estava completamente ofegante.
- Uau... - Ele soltou com dificuldade. - Eu nunca tinha tido uma tão boa assim... -
Eu olhei pelo vidro de trás do carro. Algumas pessoas na frente do bar olhavam para o carro, apontando e rindo. Eu o olhei novamente. O segurei pela bochecha para fazê-lo olhar para mim.
- Você quer ir embora comigo, não é? - Falei com firmeza, olhando nos olhos dele. Ele assentiu com a cabeça. Minha habilidade era a melhor coisa que eu podia pedir. Acho que vou manter ele pra mim um pouco. Ele foi uma boa escolha, e acho que de onde veio a de hoje teria muito mais.
Me esquivei até o banco da frente e liguei o motor.
Dirigi de volta ao hotel e estacionei na mesma vaga que o cara lá em cima tinha deixado. Desci do carro e abri a porta do rapaz.
- Sai. - Ordenei, e ele obedeceu. Andávamos pela garagem, eu com roupas rasgadas e a bunda a mostra; e ele completamente nu. Sua camisa ainda estava inteira, mas não me importei em pegá-la. Eu andava na frente e ele me seguia, como uma cachorrinho seguindo o dono; e eu gostava dele assim.
Chegamos ao elevador e eu apertei o botão. Alguns segundos depois eu tive a surpresa de encontrar alguém quando a porta se abriu.
Era o homem de antes, que estava com a garota. Ele tinha um olhar perdido e ansioso. Pareceu surpreso ao me encontrar. Ele sorriu de lado.
- O-Oi... - O nervosismo parecia estar impedindo sua fala. Mas eu já tinha notado o que estava acontecendo ali. Entrei no elevador sem dirigir uma palavra a ele e puxei meu brinquedinho novo comigo; ele pareceu nem notar o garoto, me olhava fixamente. Eu apertei o botão do meu andar e fiquei de costas para ele.
- E-Eu estava te procurando... Sabe, isso nunca aconteceu comigo... Eu nunca pensei nem que gostava de homens... M-Mas quando eu te vi, eu... - Eu me virei e ele se calou.
Ele era bem falante, mas eu prefiro que eles ocupem a boca com outras coisas.
Foto 1 do Conto erotico: Prazeres Noturnos | Erin - Ep.1: A Sede


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Comentários


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theweekend Comentou em 31/03/2018

Você escreve MUITO bem <3

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ronald43 Comentou em 28/03/2018

Excelente vampiro, esse Erin... Adorei. Parece com os meus, pois também escrevo contos de terror.




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Ficha do conto

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Nome do conto:
Prazeres Noturnos | Erin - Ep.1: A Sede

Codigo do conto:
115036

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
27/03/2018

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3

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